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domingo, 12 de dezembro de 2010

"Felicidade urgente"

Porque não encarar a necessidade de sermos felizes e lutarmos por isso como se guerra houvesse e matar ou morrer fosse à única opção?
Porque não lutamos por nossos sonhos como quem luta pelo alimento, por um lugar ao sol ou pelo ar que respiramos?
Porque ser feliz não é considerado uma necessidade básica como sede, fome ou sono?


Porque não?

Detive-me algum tempo analisando essas questões e cheguei à seguinte conclusão:Nós subestimamos a necessidade de sermos felizes. Passamos toda uma vida andando em círculos, fazendo tudo do mesmo modo e acreditando que outras necessidades menos importantes possam nos preencher.

Não percebemos que “ser feliz é tudo o que se quer”.

Concluí que o tempo para sermos felizes é curto e merecemos viver muito e viver bem.

Ver o jamais visto!
Sentir os cheiros e os sabores jamais sentidos!
Perder o fôlego por amor!
Cantar mais!
Amar mais!
Viajar mais!
Rir mais!
Beijar e abraçar mais!
Viver mais, sempre mais! ...Muito mais!


E porque não, se o grande barato da vida é o que nos proporciona prazer e alegria? Porque consideramos descartável o sonho de felicidade em detrimento a rotina massacrante do dia a dia?
Porque esquecemos como é ser felizes se já fomos um dia?

Não paro de perguntar-me porque!
Já se deram por conta que quando somos ou estamos felizes tudo é menos penoso?

A vida transcorre em harmonia e as situações se encaixam e se resolvem como realmente devem ser, no tempo próprio de cada coisa e assunto!
Estando ocupados sendo felizes permitimos inconscientemente que a vida se encarregue de seguir seu rumo.

É fan­tástico perceber que quando estamos felizes somos envolvidos por uma onda de prazer tão “eficientemente curativa e analgésica” que nos possibilita encarar os problemas exatamente do tamanho que são.

Não nos detemos super dimensionando-os ou nos acovardando diante deles porque estamos ocupados demais sendo nós mesmos e sendo felizes.
Já pensaram nisso?
Conto intermináveis fases da minha vida buscando um ponto de equilíbrio e só o encontrei quando me permiti prazeres que adiei uma vida inteira.
Quando passei a olhar pra dentro de mim, cuidando dos meus desconfortos, daquilo que me afligia e me fazia mal.

Entendi a filosofia do “egoísmo mascarado”, e o adotei como parte de mim.Criei um círculo de proteção onde o passe é livre somente para assuntos ou pessoas que não queiram levar embora a minha paz.

Acertei em cheio! Finalmente descobri a porta pro paraíso.
Quanto mais tempo eu gasto curando-me, mais estruturada e feliz me torno.

Pode parecer loucura o que eu vou dizer, mais existe escondido em nos um mecanismo de defesa que corretamente acionado nos permite verbalizar sem culpas a palavrinha “Não”.

Não quero obrigada! ...sorrio educadamente.
Não aceito! Obrigada!...sorrio delicadamente.
Não insista! Obrigada! ...sorrio com prazer.
Não gosto de você! Sorrio com vontade!

Os mesmos “nãos” que nos enchem de culpa ,quando pronunciados corretamente são os mesmos "nãos" que nos permitem segurar as rédeas das nossas vidas e seguir em frente, seguros de estarmos fazendo “aquilo que queremos” porque fomos capazes de escolher a felicidade como prioridade.

E por­que não?

Jaque

24.10.2010

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