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segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Fiz um rapel na alma"



Fiz um rapel ao meu subsolo ,o nível mais profundo de mim .
Encontrei fatos e fotos há muito tempo esquecidos.
Senti dores e exorcizei muitas angustias reprimidas.
Chorei , até sentir pena de mim.
Pobre de mim....Eu que não sei pedir , implorei aos anjos piedade e enumerei minhas perdas num pedaço de papel.
Foram tantas,que novamente vi-me como sempre fui , só no poço escuro de mim.
Faltou-me o ar e respirar ficou impossível diante tantas verdades. A coragem é escorregadia , não se explica apenas sente-se.
Estranhamente e sem aviso parti para não mais voltar .Quem ficará comigo nesse momento?Minha consciência, meu bom senso e certamente a angustia a arreliar o peito a entornar o caldo a arrancar a casca da ferida fresca.
Eu disse que ia embora ...E não parti... Não tinha para onde ir...Não sabia como sair!
Eu também disse que queria fugir. Mas não fugi!
Eu pensei nas conseqüências ...Na solidão...No desamparo.
Doeu tanto ou mais que múltiplas fraturas expostas!
Mas ainda estou aqui, escrevendo relatos da minha vida .
Vida! Vida minha ...Sem mascaras ...E a enorme corrente atada ao meu calcanhar.
Enganos , mero enganos meus ,desencontros,desalinhos , desassossegos.
O que parecia paz e equilíbrio em dois tempos virou loucura e frustração.Quem disse que amar é fácil e compreensível?
Quem falou que a vida a dois pode ser seguida como uma receita de faça você mesmo?(DIY)
Meus braços estão atados, minha vida entrelaçada à outra vida.
Ah! Se pudessem apagar com borracha tudo que foi dito, às cobranças explicitas a fera que brotou de mim com fome de viver mais.
E nessa hora pergunto-me, onde andará a minha sã consciência,aonde andarão os sonhos que eu sonhei? O que aconteceu com a minha inocência?
Mais uma vez ,sinto-me afundar no sofá da sala e a noite passa lentamente acompanhada de uma lua redonda, linda e perfeita.
O vento trás o cheiro de chuva que entra pela janela e me faz respirar, sinto-me completa e só.
Parei antes do salto eu não saltei para uma nova vida ,não tive coragem!
Humilhada e exposta volto ao ponto de partida, a estaca inicial, ao marco “zero”.
Então me pergunto o que fazer agora?
Ainda não sei , hoje eu estou cansada ...E agora, não quero saber de mais nada!

Jaque 

27/04/2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quando sonho acordada!





Acordei de um sonho bom!
Mas absolutamente nada estava em seu lugar.
Roupas e sapatos espalhados em completa desordem.
Desordenados estavam também pensamentos e sensações.
Espaços vazios ,completa e total inutilidade.
Pergunto-me porque insistir em fantasias que eu mesma invento, se bem sei que de sonhos não me sustentarei.
Minha cabeça insiste em rodopiar ,criando situações quais não compreendo.
Lanço-me num salto mortal rumo a um abismo de paixões.
Delicio-me!
As minhas fantasias são delicadamente criadas ao meu bel prazer.
Incertezas e indefinições se amontoam num canto qualquer, nada é mentira , nada é verdade.
Acordo atordoada , sem prumo , sem direção e sinto-me cambalear.
Tristes poesias sem rimas , tristes alegrias sem fim.
Eu que pensei que meus enganos não passavam de belas palavras,letras em pares em combinações e sinais quais poeticamente tento rascunhar num papel.
Ouço ao fundo um burburinho ininterrupto de informações ...Não quero entender mais nada.
Aqui mais uma vez , sentada sobre minhas pernas as costas eretas , respirando todo o ar.
A calma substitui a pressão e as fantasias desaparecem como mágica.
A ordem se sobrepõe ao caos e a vida retoma seu ritmo lento e sereno.
Serena eu retorno a mim e me percebo dona de um cérebro que não dorme nem descansa.
Aceito isso como parte de mim e me devolvo à realidade.
Abro os olhos!
Meus pés estão no chão mas o pensamento...Deixei novamente pairar livre com o vento. 

Jaque

13/04/2011

"Delirio ,sonho e verdade!"



Será delírio, sonho ou será verdade?

Será que sinto ou será que penso sentir?

Será de algodão ou será uma canção?

Serão acordes ou serão lamentos?

Será surpresa ou será miragem?

Será saudade ou piedade?

Sendo imaginação será que é são?

Se assim for, será loucura ou será maldade?

E se for maldade será que cura ou será que fere?

Será magia ou conto de fadas?

Se for de vidro, será transparente ou terá o brilho das estrelas?

Sendo estrela será nossa ou será de ninguém?

Sendo nossa será doce ou será amarga?


Se doce for...Saberei compartilhar!

E sendo amargo ...Solverei até a última gota!

Se for a morte...Seria quente ou seria fria?

Será começo ou será o fim?

Sendo começo a vida ensina!

Sendo o fim acaba aqui!



Jaque

12/04/2011