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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"De perto ninguem é normal !"

Rostos tolos, pensamentos toscos.  
Juntos ou separados,nada disso é real.
...Mesmo seguindo em linha reta ,de perto ninguém é normal!
A bagunça generalizada não esterilizada está contaminada pelo vírus hiv.
Tem gente alegre demais, triste demais, falante demais, artificial e ineficiente demais nesse planeta.
Não sinto mais a medida exata das coisas, não sei mais se estou certa nem mesmo onde estou.

Cada passo tem um rumo.
Cada rumo tem um passo e nada faz sentido nesse traço.
E nesse estreito e obscuro abstracto de palavras afiadas vejo flechas lançadas que clamam por salvação.

Triste planeta sem nexo, complexo e caótico,nada óptico, absurdamente psicótico.
Povoado por gente distraída, destituídas de pensamentos lógicos,esculpidos na pedra por ignorância e vaidade.
Quanta bobagem !
Revolta-me pensar que enquanto passo, tu também passas por mim...e tudo passa...tudo acaba!
Minha urgência ignorante não compreende os sinais e afoita fere-me a alma mostrando-me que todo o tempo finda...tudo findará.
Tento desesperada recuperar espaços perdidos,estruturas emocionais fraguimentadas ...inútil fracasso!
Então,escrevo palavras...palavras...
Palavras afiadas cortam como navalhas!

Somos todos chochos cegos,viajantes torpes sem morada.
A deriva e avante,somos de tantos e de todos os lugares.
Findamos por nada ser,tripulantes sem bússolas,náufragos desesperados em busca de pão.
Eu...tudo vejo e nada faço!
Como tantos outros,sou apenas mais um viajante tolo, enredada ao caos dessa terra de loucos.
De perto ninguém é normal!

27/11/2010


 Jaque

"Humano amor"

Olhos,bocas.
Peitos e músculos.
Carne, ossos pele e cor.
Humano naturalmente humano é o meu amor.

Sei que anjo nele não há.
Seus defeitos ...não quero lembrar.
E os sete pecados....
Não me atrevo revelar.

Cheiros, hálito e suor.
Maus hábitos...bem pior.
Humano, naturalmente humano é o meu amor.

E tudo se encaixa nessa hora.
O olhar...

Os sentidos...
O gosto da pele alva...
O enlace de coxas sobre as minhas coxas.
O toque firme das mãos...

Beijos molhados, corpos suados.
Até nos falta à respiração.
E o amor se faz pleno e perfeito.
É fúria.

É calma.
É paixão.

Completos e saciados!
Mais que amantes apaixonados.
Adormecemos abraçados.
Humanos ,naturalmente humanos como é o nosso amor.


 Jaque

"Vasto e interminável espaço"



Memórias para guardar
Amigos para amar
Calmantes para a tensão 
Paixão para o coração

Braços para abraçar
Peitos para amamentar
Colos para deitar 
Asas para voar

Pernas para caminhar
Mãos para segurar
Força para enfrentar
Vontade para não largar

Chuva para molhar
Coragem para plantar
Tempo para florir
Compromisso para não desistir

Fios para ligar
Tomadas para enfiar
Saudades para sentir
Fotografias para postar

Dores para curar
Cores para pintar
Lábios para beijar
Corpos para suar

Filhos para ensinar
Amores para dar
Ouvidos para escutar
Medos para paralisar

Ar para respirar
Estações para mudar
Lágrimas para chorar
Lenços para secar

Novidade para contar
Dramas para encenar
Dinheiro para gastar
Projetos para realizar

 Palavras para falar
Musica para relaxar
Ritmos para dançar
Vida para compartilhar

Sensações para sentir
Papel para colorir
Pessoas para salvar
Sol para iluminar


Mundos para conhecer
Bebes para embalar
Lições para aprender
Espaços para preservar

Distâncias para percorrer
Relógios para marcar
Tempo para vencer
Futuro para programar

Sonhos para sonhar
Pele para acariciar
Nuca para arrepiar
Flores para perfumar

Oceanos para cruzar
Redes para pescar
Peixes para alimentar
Fome para matar

...E tudo isso e muito mais ,
nesse vasto e interminável espaço,
enquanto passo nesse palco,
expirando palavras e inspirando paixões.

05.12.2010



  
   Jaque  

"Da Janela"





Cenários naturais viram murais.
Sorrisos espalham-se pelas fachadas.
Manchetes de jornais estampadas nas calçadas.
E as pessoas apressadas caminham de mãos dadas.

Passos rápidos chamam-me a atenção.
A chuva escorre nas vidraças.
Picassos encontram-se nas praças.
E as Luzes coloridas cortam a escuridão.

Da janela vejo o mundo em minhas mãos.
As margens desse latifúndio pergunto-me:Onde andará a razão?
Sirenes ecoam ao longe ,as ouço com preocupação.
Meu coração me diz calma, minha razão me diz passa.

Observo os semáforos desligados.
Sem cores,sem luzes,sem nada.
Carros apinham-se em filas coloridas ao longo das marginais.
Minhas mãos estão geladas ,não consigo respirar,desligo o ar.
O pânico me atormenta,aumento o som pra disfarçar.

Concentro-me procurando poesias nas calçadas molhadas.
Só encontro solidão e pegadas.
Apressada...distancio-me do caos e das ruas escuras.
Estou sou só! eu só ! eu sou só! só eu!

09.12.2010

Jaque

teste

ola, meu nome é jaqueline.