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domingo, 30 de janeiro de 2011

"Insatisfações"




“Nada é bastante para quem considera pouco o que é suficiente“
 Confúcio

Hoje encontramos colecionadores de todos os tipos de coisas. Conheço pessoas que possuem centenas de pares de sapatos e não encontram um adequado para usarem numa ocasião especial. Outras que possuem dezenas de ternos em seus closets, mas consideram todos uma porcaria. Pessoas com a geladeira abarrotada de guloseimas e acabam batendo a porta por não encontrarem nada do que gostem para comer. Calmante tarja preta com receita e ainda assim não conseguem dormir uma noite de sono tranqüilos.

Possuem casas de luxo na praia, celulares de ultima geração, TV 42 polegadas hight definition, Câmeras de vídeo, Vídeos games, Notebooks, Net, TV a cabo, Jóias, Carros de luxo, cartões de crédito com limites nas estrelas, bons empregos, filhos saudáveis, casas confortáveis e bem decoradas, mas o que vemos? Muita insatisfação!

Estamos nos armando de todo tipo de objetos, coisas  materiais para suprir o vazio, mas nada o preenche. Vamos ao supermercado esperando encontrar felicidade nas prateleiras, mas na volta nos frustramos, com o carro cheio e a alma vazia.

Nunca o homem teve tanto acesso a Deus e nunca ficou tão longe dele. Tantos templos, tantas religiões, tantas definições, ideologias... Mesmo assim o homem se afasta cada vez mais do que realmente importa. Por isso a carência afetiva, as doenças psicossomáticas, doenças nervosas, histeria, abandono, descrença, violência desamor,guerras, egoismo e o consumismo desenfreado gerando diferenças tão brutais.

A violência cada vez mais banalizada e a insegurança encarada como natural, são características desta década, dias difíceis onde nos olhamos confusos e assustados sem sabermos para onde ir, a quem recorrer. Perdemos nossos heróis, nossos salvadores, perdemos o conteúdo a sabedoria a tranqüilidade o prazer nas pequenas coisas. Nada mais nos sacia, quanto mais acumulamos, quanto mais possuímos, mais vazios nos tornamos.

Vivemos a era da insatisfação, do consumismo da angustia generalizada a era dos medos, dos pânicos das síndromes de todas as ordens e todo tipo de desordens.
Quem de nós conseguirá mudar esse estúpido paradigma? 
Qual de nós poderá salvar-nos de nós mesmos?

Jaque
30/01/2011