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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"Da Janela"





Cenários naturais viram murais.
Sorrisos espalham-se pelas fachadas.
Manchetes de jornais estampadas nas calçadas.
E as pessoas apressadas caminham de mãos dadas.

Passos rápidos chamam-me a atenção.
A chuva escorre nas vidraças.
Picassos encontram-se nas praças.
E as Luzes coloridas cortam a escuridão.

Da janela vejo o mundo em minhas mãos.
As margens desse latifúndio pergunto-me:Onde andará a razão?
Sirenes ecoam ao longe ,as ouço com preocupação.
Meu coração me diz calma, minha razão me diz passa.

Observo os semáforos desligados.
Sem cores,sem luzes,sem nada.
Carros apinham-se em filas coloridas ao longo das marginais.
Minhas mãos estão geladas ,não consigo respirar,desligo o ar.
O pânico me atormenta,aumento o som pra disfarçar.

Concentro-me procurando poesias nas calçadas molhadas.
Só encontro solidão e pegadas.
Apressada...distancio-me do caos e das ruas escuras.
Estou sou só! eu só ! eu sou só! só eu!

09.12.2010

Jaque

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