Cenários naturais viram murais.
Sorrisos espalham-se pelas fachadas.
Manchetes de jornais estampadas nas calçadas.
E as pessoas apressadas caminham de mãos dadas.
Passos rápidos chamam-me a atenção.
A chuva escorre nas vidraças.
Picassos encontram-se nas praças.
E as Luzes coloridas cortam a escuridão.
Da janela vejo o mundo em minhas mãos.
As margens desse latifúndio pergunto-me:Onde andará a razão?
Sirenes ecoam ao longe ,as ouço com preocupação.
Meu coração me diz calma, minha razão me diz passa.
Observo os semáforos desligados.
Sem cores,sem luzes,sem nada.
Sem cores,sem luzes,sem nada.
Carros apinham-se em filas coloridas ao longo das marginais.
Minhas mãos estão geladas ,não consigo respirar,desligo o ar.
O pânico me atormenta,aumento o som pra disfarçar.
Concentro-me procurando poesias nas calçadas molhadas.
Só encontro solidão e pegadas.
Apressada...distancio-me do caos e das ruas escuras.
Estou sou só! eu só ! eu sou só! só eu!
09.12.2010
Jaque
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